Wednesday, December 18, 2013

You can be the prince and I can be a princess

Don't know if I could ever be
Without you 'cause, boy, you complete me
And in time I know that we'll both see
That we're all we need

'Cause you're the apple to my pie
You're the straw to my berry
You're the smoke to my high
And you're the one I wanna marry

'Cause you're the one for me for me
And I'm the one for you for you
You take the both of us of us
And we're the perfect two

We're the perfect two
We're the perfect two
Baby me and you
We're the perfect two



Perfect Two by Auburn.


Monday, November 11, 2013

Tempo, tempo, tempo...

E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não serei nem terás sido
Tempo tempo tempo tempo...*


Temos esta impressão incrustada em nossa mente que teremos tempo para fazer tudo que quisermos e planejarmos ao longo de nossas vidas. Será isto verdade? Quantas vezes já não escutei, vindo de pessoas mais velhas e velhas também, que não fizeram nada do que queriam? Que não tiveram tempo de fazer tudo que sonharam em suas juventudes? Quantas vezes nós, os mais jovens, não deixamos escapar pelos nossos lábio que o tempo está passando rápido? Este ano mesmo, já acabou praticamente. Estamos em novembro de 2013.
O que fizeste de proveitoso este ano? O que terá uma consequência a longo prazo?
A sensação que tenho é que o tempo passa invisível por entre meus dedos. Sou jovem, concordo, mas isso não significa que eu sou incapaz de perceber esta passagem impalpável diante meus olhos. Lembro que eu ansiava alcançar os 15 anos de idade. Neste momento, não consigo recordar claramente os anos que se passaram desde então. Só posso imaginar que este “branco” na memória apenas aumenta com o acumular de rugas.
Creio que tenhamos a maioria da percentagem de culpa por isto acontecer com todos e com frequência cada vez maior. Planejamos demais, esperamos demais, olhamos para o futuro ao invés de aproveitar o presente – por mais cliché e desgastado que isso soe, não deixa de ser verdade.
Talvez eu faça uma promessa de ano novo quanto a isso. Viver mais o presente e deixar de planejar tanto assim o futuro. Aproveitar o agora, o tempo presente que está aqui nesse instante. Fazer o que quero fazer hoje e não amanhã. Talvez dessa vez eu cumpra minha promessa de ano novo. Talvez.

*Oração ao Tempo de Caetano Veloso.


Monday, October 28, 2013

Viver

Acordar
Lavar
Enxugar
Pentear
Prender
Vestir
Calçar
Colocar
Maquiar
Sorrir
Tomar
Comer
Limpar
Guardar
Pegar
Abrir
Sair
Fechar
Trancar
Guardar
Andar
Pegar
Entrar
Pagar
Sentar
Esperar
Ouvir
Cochilar
Descer
Entrar
Sorrir
Cumprimentar
Falar
Conversar
Dizer
Rir
Estranhar
Ensinar
Assinar
Despedir
Sair
Andar
Suspirar
Suar
Pegar
Entrar
Pagar
Sentar
Esperar
Ouvir
Cochilar
Descer
Andar
Suar
Cansar
Suspirar
Estalar
Coçar
Arrumar
Andar
Chegar
Destrancar
Entrar
Fechar
Trancar
Guardar
Soltar
Jogar
Tirar
Tomar
Lavar
Enxugar
Vestir
Comer
Assistir
Rir
Chorar
Bocejar
Ir
Dormir
Sonhar.

Saturday, October 12, 2013

Não confunda.

Não confunda eu aceitar as ações das pessoas com conformismo. Não confunda evitar confrontos desnecessários com covardia. Não confunda pacificidade com falta de personalidade. Não confunda ter personalidade com falta de educação. Não confunda idade com maturidade. Não confunda liberdade com falta de regras. Não confunda espera com falta de vontade. Não confunda amor com eternidade. Não confunda silêncio com falta de sentimentos. Não confunda abstenção com falta de desejos, com falta de sonhos. Não me compare com outra. Não me confunda com outra. Só não confunda.



Thursday, September 05, 2013

Algum dia desses...

Um dia, ela vai segurar a mão dele e, juntos, vão andar ao redor da praça arborizada. Um dia, ela vai se colocar na ponta dos pés para alcançar a boca dele. Um dia, ele vai chegar, silenciosamente, e a abraçará de surpresa. Um dia, ele vai segurar a porta para ela e acompanhá-la um passo atrás através do recinto. Um dia, ela vai colocar um roupa mais arrumada só porque sairá com ele. Um dia, ele vai achá-la linda porque saberá que ela se arrumou para ele. Um dia, ela vai escutar uma música que fala sobre amor e a primeira coisa que pensará é nele. Um dia, ele vai acabar gostando de todas as coisas melosas que uma mulher apaixonada pode fazer. Um dia, ela vai dizer que gosta dele e ele dirá que já sabia. Um dia, ele vai adorar quando ela se declarar para ele. Um dia, ele vai decidir que não tem problema dizer seus sentimentos para ela. Um dia, ele vai querer conhecer a família dela, especialmente a mãe. Um dia, ela vai rir do receio dele quanto à visita. Um dia, ela vai pedir para ele dançar com ela e, mesmo não sabendo e nem gostando, ele dançará porque é ela quem está pedindo. Um dia, ela vai desistir de tentar fazê-lo dançar. Um dia, ele vai surpreender ao mostrar que aprendeu alguns passos daquela música que ela adora. Um dia, eles vão estar por demais apaixonados e terão decisões a tomar. Um dia, ela vai casar com ele. Um dia, ele vai ser o homem mais feliz da Terra. Um dia, ela vai conhecer ele.
Algum dia desses...


Sunday, September 01, 2013

:medo:

"(...)
Tenho medo de gente e de solidão

Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de acender e medo de apagar

Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo

O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

(...)
Tenho medo de parar e medo de avançar

Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia

O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor

(...)
Medo de olhar no fundo

Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo

Medo estampado na cara ou escondido no porão

O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara

Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez

Medo de fugir da raia na hora H

Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá"
Miedo - Lenine.

Monday, August 05, 2013

wisher

I was bored on my last vacation day. Nothing to do unless to stare the violet walls of my room. A crazy feeling suddenly came to me: a wish to write.
Okay, I thought, let's write then! Therefore I took a piece of paper and looked for a pencil among my messed stuffs. I was ready to write when the empty thoughts started to bother me. Write what? Mainly, write to which purpose? Why? What finality? In English or in Portuguese? Have I readers at least? I do not have these answers.
It is, indeed, just a weird wish. A writer wish? If I were one! No, no. I am not a writer... I am just a wisher.


Sunday, May 12, 2013

Ele e ela.

Sua missão era entreter as pessoas da platéia de forma conjunta com seus companheiros. Fantasiada de alguma dessas figuras parcialmente esquecidas do folclore da cidade, ela corria na direção da arquibancada e assustava as crianças enquanto arrancava gargalhadas dos adultos.
Oh, era uma sensação maravilhosa festejar junto com todas aquelas pessoas. 
O que estavam festejando? Não sabia. Ou sabia, mas não se lembrava. De qualquer forma, não era importante no momento. Sua meta era continuar a saltitar pelo descampado e fazer parte de alguma coisa.
Ao comando de voz do instrutor, em um súbito movimento bem coreografado, todos os fantasiados correram em uma só direção. Correu, pulou, gargalhou e se embrenhou entre as pessoas. Até onde ele estava. Ainda rindo, colocou-se nas pontas dos pés e  acariciou o rosto dele com o seu próprio, sendo o único toque dentre eles. Não queria mais fazer parte de um todo. Já não precisava da fantasia e acompanhar o restante das pessoas. Queria ficar ali, ao lado dele. 
No próximo comando, ele segurou a mão dela. Ele também não queria que ela continuasse. Completos, não se afastaram jamais.


Friday, May 03, 2013

O que é poesia?...

Poesia é o sentimento.
Poesia é a declaração de amor sussurrada ao pé do ouvido do amante; é o pedido de casamento que toda a vizinhança presencia; é o início de namoro feito por um beijo roubado na fila da cantina do colégio; é o abraço do amigo.
Poesia é a raiva crescente pela injustiça sofrida; é o ódio acumulado durante anos; é a irritação momentânea quanto ao sinal da internet; é a impaciência na espera infinita de uma fila interminável.
Poesia é pisar na possa de água; é ser ultrapassado por uma borboleta; é sentir o cheiro da chuva; é se deparar com uma flor completamente aberta; é observar o azul do céu; é ouvir música enquanto espera o ônibus.
Poesia é o sorriso; é a lágrima; é a timidez; é a paixão; é o ódio; é o prazer; é o sofrimento; é a tristeza; é a alegria; é a gargalhada; é a seriedade; 
Poesia está em todos os lugares, leitor.


Wednesday, April 24, 2013

Crescer.



Ela subitamente hesitou em seus passos. Encarou o caminho à sua frente, reto, liso, claro e natural. À sua esquerda havia outro, porém. Este era cheio de ondulações, curvas e mais longo. Olhando atentamente, nossa personagem notava que ambos desembocavam no mesmo destino.
Qual a diferença, então?
Espiou por sobre o ombro para ter certeza de que a urgência que sentia em ter de escolher um dos dois caminhos não era feita pela pressão de um muro de concreto às suas costas. Não era. Ela sabia que não era. Essa sensação claustrofóbica era produzida pelo tempo. Pela passagem do tempo, melhor dizendo.
Nossa amiga, leitor, não sabia quando aquilo começara. Talvez quando ingressara na universidade. Ou quando completou 18 anos. Não. Começou, realmente, quando se inscrevera para o vestibular. A responsabilidade de escolher um curso que se tornaria a profissão para, como dizem, o resto da vida.
Respirando fundo, deu um passo incerto. Ganhou mais confiança, ergueu o queixo e reiniciou sua solitária caminhada... No fundo, ela sabe que escutará "nãos", portas se fecharão, oportunidades novas virão e chances serão dadas, mas é o curso natural das coisas. A chave para ser bem sucedida é não ficar com medo e escolher o outro caminho. 
Crescer, todos crescem. A diferença é de como tal passagem é feita.

Saturday, April 13, 2013

'Um beijo' para o dia do beijo.


"Foste o beijo melhor da minha vida,
ou talvez o pior...Glória e tormento,
contigo à luz subi do firmamento,
contigo fui pela infernal descida!

Morreste, e o meu desejo não te olvida:
queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,
e do teu gosto amargo me alimento,
e rolo-te na boca malferida.

Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,
batismo e extrema-unção, naquele instante
por que, feliz, eu não morri contigo?

Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto,
beijo divino! e anseio delirante,
na perpétua saudade de um minuto..."
Um Beijo
Olavo Bilac.

"E que Deus lhe de em dobro" ??


Ontem, indo para a universidade, subi em um ônibus relativamente cheio. Consegui sentar em uma cadeira vaga, até. Algumas paradas depois, subiu um desses pedintes nosso de cada ônibus. Até aí tudo bem, ele me deu um pedaço de papel com algumas coisas escritas. De início, eu não leria. Mas alguma coisa me fez lê-lo. 
Não é a primeira vez que escuto/leio algo do gênero: "E quem não poder (ajudar) obrigado pela atenção e que Deus abençoe e lhe de em dobro". É o que vem escrito no papel que fiz questão de tirar foto.
Não sei se entendi bem, mas por acaso isso foi uma tentativa de chantagem emocional? Quer dizer, eu tenho que ajudar aquela pessoa porque ela diz que Deus me dará em dobro o que eu der a ela? Como funciona isso? Eu dou vinte centavos e recebo quarenta? 
Na verdade, o pior nem é isso. O pior é o sentimento que aquilo carrega. A pessoa não está desejando que sejas abençoado coisa nenhuma, sejamos sinceros. Pelo contrário, na verdade. Usa a crença das pessoas de uma forma totalmente negativa. 

Depressivo é saber que há pessoas que dão dinheiro para pedintes como este quando leem isso. É uma sensação de estar de volta à Idade Média, onde Deus era usado para regular o comportamento das pessoas. E Ele era usado exatamente do mesmo modo: Através do medo de uma punição divina, o fiel fazia como lhe era dito.

Acaso não é isso que este cidadão estava fazendo? Melindrando os passageiros daquele ônibus?
Eu até poderia dar umas moedas para o homem, mas quando cheguei nas últimas linhas do papel, tive certeza que só devolveria aquela mensagem sem dinheiro algum.

E, na verdade, eu poderia escrever muito mais coisas, mas a indignação é tão grande, o sentimento de que aquilo é errado é tão concreto dentro de mim que nem argumentos formulados possuo. Sendo assim, termino sem conclusão.
Ou não.


Wednesday, April 10, 2013

Eu quero um amor.

Eu quero um sapato novo.
Eu quero uma blusa nova.
Eu quero um celular novo.
Eu quero um computador novo.
Eu quero uma vida decente.
Eu quero uma casa bonita.
Eu quero amigos verdadeiros.
Eu quero um carro confortável.
Eu quero um amor. 
Eu quero um amor que me puxe por inteira; Que me faça pensar porque ser racional quando posso deixar tudo acontecer pelo emocional; Que me faça esquecer porque evitar se apaixonar; Que me force a mostrar o que há a mais em mim; Que me mostre que não há problema em ser melosa.
Eu quero um amor para dizer que amo.
Eu quero um amor que me ame.
Eu... só quero um amor.


Wednesday, April 03, 2013

Diálogo interessante.

Em um dia, como outro qualquer, uma esposa aguarda a chegada de seu marido em casa. Como sempre, ele estava atrasado. Andando de um lado para o outro, a esposa ouve a chave rodar na fechadura da porta e se coloca em frente a esta, de braços cruzados, para ser a primeira coisa que o marido veja quando entrar em casa. O marido, surpreso com aquela recepção, hesita com a porta aberta, a chave ainda na fechadura.
- Há algo errado, querida?
- A empregada está grávida, esposo.
- Bem, problema dela. - Fecha a porta.
- O filho é seu. 
- Problema meu. - Coloca sua pasta de trabalho em cima da bancada do hall de entrada.
- E eu?! Como fico?!
- Problema seu. - O marido entra no banheiro e começa os preparativos para o banho.

Monday, April 01, 2013

Escrevo.



"
Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece.
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?"
Paulo Leminski

Thursday, March 28, 2013

Eu.

Quem sou eu?
Não é a primeira vez que me pergunto sobre esta questão. 
Acaso sou aquela menina tímida, que fica no seu canto, assistindo os outros interagirem abertamente uns com os outros? Aquela que se envergonha com qualquer comentário feito por qualquer pessoa quanto a ela própria? Aquela que não gosta de chamar atenção para si e muda o foco da conversa assim que vira tema da roda?
Acaso sou aquela garota que ri alto e faz comentários engraçados a cada oportunidade, provocando gargalhadas em conhecidos e estranhos? Aquela que é altamente confiante quando o assunto é ela mesma? Aquela que não se importa se estiver sendo o assunto do momento, mas que não perde a oportunidade de produzir uma piada quanto a isso?
Acaso sou aquela mulher que é relativamente madura e que passa uma imagem séria para as pessoas ao seu redor? Aquela que, quando conhecida por alguém, provoca o pensamento: "Não, aquela não é para se brincar."? Aquela que encara os problemas com uma armadura no peito - para não atingir o coração - e um lenço nos olhos - para não escorrer uma gota de lágrima?
Quem sou eu?
Uma pessoa confusa, complexa, sensível - mais racional do que sensível, decidida, simples?
"Quem sou eu?", volto a me perguntar.
Eu?
Eu sou eu.

Monday, March 25, 2013

Qualquer dia...

Um dia eu vou conhecer
Um dia eu vou pensar
Um dia eu vou sorrir
Um dia eu vou querer
Um dia eu vou conquistar
Um dia eu vou ceder
Um dia eu vou gargalhar
Um dia eu vou chorar
Um dia eu vou mudar
Um dia eu vou encarar
Um dia eu vou escolher
Um dia eu vou achar
Um dia eu vou amar
Um dia eu vou dizer "sim" 
... pra alguém.

Thursday, March 14, 2013

Uma boa filosofia.

"Pouco me importa.
Pouco me importa o quê? Não sei: pouco me importa."
24/10/1917
Alberto Caeiro.

Tuesday, March 12, 2013

A Valsa - Casimiro de Abreu.



"Tu, ontem, 
Na dança 
Que cansa, 
Voavas 
Co'as faces 
Em rosas 
Formosas 
De vivo, 
Lascivo 
Carmim; 
Na valsa 
Tão falsa, 
Corrias, 
Fugias, 
Ardente, 
Contente, 
Tranqüila, 
Serena, 
Sem pena 
De mim!
Quem dera 
Que sintas 
As dores 
De amores 
Que louco 
Senti! 
Quem dera 
Que sintas!... 
- Não negues, 
Não mintas... 
- Eu vi!...

Valsavas:
- Teus belos
Cabelos,
Já soltos,
Revoltos
Saltavam,
Voavam,
Brincavam
No colo
Que é meu;
E os olhos
Escuros
Tão puros,
Os olhos
Perjuros
Volvias,
Tremias,
Sorrias
P'ra outro
Não eu!
Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera 
Que sintas!...
- Não negues,
Não mintas...
- Eu vi!

Meu Deus!
Eras bela,
Donzela,
Valsando,
Sorrindo,
Fugindo, 
Qual silfo
Risonho
Que em sonho
Nos vem!
Mas esse
Sorriso
Tão liso
Que tinhas
Nos lábios
De rosa,
Formosa,
Tu davas,
Mandavas
A quem?!
Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
- Não negues,
Não mintas...
- Eu vi!...

Calado,
Sozinho,
Mesquinho,
Em zelos
Ardendo,
Eu vi-te
Correndo
Tão falsa
Na valsa
Veloz!
Eu triste
Vi tudo!
Mas mudo
Não tive
Nas galas
Das salas,
Nem falas,
Nem cantos,
Nem prantos,
Nem voz!
Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
- Não negues,
Não mintas...
- Eu vi!...

Na valsa
Cansaste;
Ficaste
Prostrada,
Turbada!
Pensavas,
Cismavas,
E estavas
Tão pálida
Então;
Qual pálida
Rosa
Mimosa,
No vale
Do vento
Cruento
Batida,
Caída
em vida
No chão!
Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
- Não negues,
Não mintas...
- Eu vi!..."
Rio - 1858
Casimiro de Abreu.

Saturday, March 09, 2013

Papel em branco.

Há uma satisfação incrível e totalmente solitária em ter um papel pautado em branco e novo em mãos. As possibilidades que ele carrega são infinitas; Os caminhos que podes tomar para preenchê-lo são infinitos; Os modos que podes usá-lo são infinitos; As ideias que surgem em tua cabeça são infinitas.
Montas personagens, histórias, cenários e situações diversas. Inícios, meios e fins rodeados de significados que vêm à tona de acordo com seu leitor. Imaginas tragédias, romances, comédias, poemas, prosas, dramas, peças... A vontade aflora dentro de ti e acabas por sorrir para a folha de papel.
Pegas, então, teu lápis. – Pois que uso lápis e não lapiseira por uma simples questão de gosto. Penso que o lápis combina mais com a sensação de transformar palavras em uma história. Com licença.
Bem, de lápis na mão, papel posicionado no ângulo correto e empolgação espalhada por todo o corpo, te preparas para começar a escrever.
Paras, então, por um instante. Percebes que já deste um fim para aquela história. Como podes escrever, agora, se já sabes como termina? Perdeste aquele sentimento impagável de novidade. Se escreveres agora, não vais mais conseguir passar a mesma emoção que querias.
Suspiras.
Sorris.
Toda a mensagem que querias passar já viveu seu momento de glória dentro de ti. É o suficiente.

Balanças a cabeça e abandonas teu papel. Ainda em branco.


Sunday, March 03, 2013

Mundo da lua.


A ré fora acusada de viver com a cabeça no mundo da lua por duas vezes em menos de uma quinzena.  Seu caso foi aberto ao juri popular. Escutou-se os relatos de testemunhas. A acusada, agora, detinha a palavra.
"Eu tenho, primeiramente, uma pergunta a fazer aos jurados, Excelência. O que é viver no mundo da lua? É não se estressar? É não ter pressa? É não se importar muito com a opinião alheia? É não encarar os meus problemas como os mais graves? É não reclamar? É não deixar de sorrir? É não parar de brincar? É valorizar mais os pontos positivos do dia aos negativos? É ser positiva? É se recusar a se deprimir? É se recusar a chorar todos os minutos do dia? É agradecer pela vida não ser pior? Porque ela pode ser, senhores. Sempre pode ser pior. Sempre. É procurar não escolher um lado em uma briga? É procurar se r imparcial? É sempre tentar não se entristecer? Mesmo que tenha inúmeros motivos desconhecidos pelo olhar externo? É se arrepender de não sorrir mais? É achar que o teu problema é teu e não meu? É se magoar e não dizer? É evitar uma discussão ao máximo? É não gostar de gritos? É não gostar de brigar? É preferir ficar quieta? É gostar de ficar quieta?
Pois então, caros jurados, é com muito prazer que vos digo que sim, eu vivo no mundo da lua."
Sendo assim, a ré confessa o crime e é condenada.

Monday, February 25, 2013

Banho de chuva.

Desceu do ônibus e pisou numa poça. Amaldiçoou. Tirou os fones de ouvido para prestar maior atenção ao trânsito e atravessar com segurança, uma mania relativamente chata que adquirira graças a uma notícia trágica passada na televisão.
Chovia.
Forte.
Esquecera do guarda-chuva.
Já estava encharcada.
Ao menos estava chegando em casa.
Atravessou a avenida movimentada e adentrou na rua em que morava. Colocou os fones de volta nos ouvidos e colocou uma música saltitante, como a própria gosta de chamar. Perifericamente, notou que apenas ela preenchia a rua. A vizinhança havia se recolhido e nem ao menos carros passavam pela via asfaltada.
Mordiscou o lábio conforme uma ideia um tanto travessa lhe atravessava os pensamentos. Checou se alguma viva alma caminhava atrás dela... Ninguém. Aumentou o volume da música. Sorriu como uma criança que está prestes a fazer algo proibido pela mãe.
Parou de andar, elevou a cabeça em direção ao céu e apenas sentiu a chuva tocar seu rosto como dedos invisíveis a massagear suas pálpebras fechadas. Abriu os olhos e respirou fundo. Sentiu o cheirinho único da chuva. Mediu a distância que a separava de sua casa e correu, saltitou, escorregou e quase caiu.
Gargalhou.
Há quanto tempo não gargalhava daquela maneira? Livre... Sem motivos reais? Apenas gargalhar por gargalhar? Não se lembrava.
Chegou em casa rindo, molhou as lajotas rindo, brincou com os cachorros rindo, trocou de roupa rindo.
Terminou o dia rindo.


Sunday, February 24, 2013

I-Juca-Pirama.

"Valente e brioso, como ele, não vi!"



Como citei no post “Quanto a Gonçalves Dias...”, foi-me dito que este poeta havia apenas produzido I-Juca-Pirama. Ora, após alguns momentos de reflexão enquanto o lia, peguei-me pensando caso tal poema é conhecido ao redor do país. Por exemplo, pergunte a qualquer estudante de pré-vestibular em meu estado e ele saberá falar a escola, estrutura, personagens, temática, enredo e divisão do poema. Como uma verdadeira ex-vestibulanda, venho aqui para dizer-lhes.
Para começar, falemos da escola e do estilo. Gonçalves Dias é o maior representante da primeira geração romântica. Indianista, modelando os costumes indígenas a seu bem-querer, de modo a formar uma visão altamente idealizada, como se vê na referência religiosa, citando um deus não compatível com a cultura.¹ É um poema narrativo, porém não é de gênero épico e sim lírico, perpassado pela subjetividade e sentimentos do poeta. Quanto a estrutura dos versos... Gonçalves Dias alterna dentre versos longos, estes sendo mais lentos e voltados para descrições, e versos curtos, remetendo à sonoridade do rufar dos tambores indígenas. Na verdade, esta é a razão de meu gostar deste poema. Quando lido em voz alta, a sonoridade dos versos é impressionante.
O personagem principal possui um nome interessante. I-Juca-Pirama, em uma tradução livre da língua tupi, significa “o que há de ser morto; o que é digno de ser morto”. Leitor amigo, guarda esta informação, voltaremos a ela dentro de alguns instantes.
Basicamente, I-Juca-Pirama é feito prisioneiro pela tribo dos Timbiras e estava prestes a ser morto (e aqui cabe uma referência à antropofagia). Porém, ao ser dada a chance do canto de morte² ao índio Tupi (I-Juca-Pirama), este roga para ser liberto, pois seu pai é cego e o aguarda floresta adentro. Alega que, caso não volte, o ancião morrerá. Veja, leitor, que ultraje! Um índio, em face da morte, não implora por liberdade. Fraqueza. Os Timbiras o deixam ir, I-Juca-Pirama já não é digno de morte.
O Tupi encontra seu pai e começam uma caminhada. Qual não é a coincidência que seus passos os levam à tribo Timbira. O velho Tupi pede acolhimento, o chefe Timbira esclarece o ocorrido. O pai de I-Juca-Pirama pronuncia uma maldição ao filho, o renegando como de seu sangue.³ I-Juca-Pirama prova sua força matando a tudo e a todos que vê pela frente. Prova sua força e coragem. É I-Juca-Pirama, guerreiro digno de morte. Ao final do poema, nos é mostrado o narrador da história, um índio que era moço na época do acontecido e que, agora, espalha a história do jovem Tupi.4
                                                                                      

¹"
Eu era o seu guia
Na noite sombria,
A só alegria
Que Deus lhe deixou"
    
²"
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi."
    
³"
'Tu choraste em presença da morte?
Na presença de estranhos choraste?
Não descente o cobarde do forte;
Pois choraste, meu filho não és!' "
    
4"
E à noite nas tabas, se alguém duvidava
     Do que ele contava,
Tornava prudente: 'Meninos, eu vi.' "

Friday, February 22, 2013

Quanto a Gonçalves Dias...

Gonçalves Dias, Gonçalves Dias... Pois que discuti por tua causa em uma dessas tardes passadas. Acreditas, indianista, que ousaram me dizer que o único poema que escreveste fora I-Juca-Pirama? Quando insisti que não, afirmaram que era, então, o único que "prestava". 
Gonçalves Dias, queira perdoar minha falta, mas não conheço tua obra completa. Conheço, entretanto, um ou dois poemas que tocaram romanticamente esta alma que luta por ser racional. Criou-se o impulso de postar ao menos um deles neste blog. 

                                                                                                  

Não me deixes

Debruçada nas águas dum regato
A flor dizia em vão
À corrente, onde bela se mirava...
"Ai, não me deixes, não!

"Comigo fica ou leva-me contigo
"Dos mares à amplidão,
"Límpido ou turvo, te amarei constante;
"Mas não me deixes, não!"

E a corrente passava; novas águas
Após as outras vão;
E a flor sempre a dizer curva na fonte:
"Ai, não me deixes, não!"

E das águas que fogem incessantes
À eterna sucessão
Dizia sempre a flor e sempre embalde:
"Ai, não me deixes, não!"

Por fim desfalecida e a cor murchada,
Quase a lamber o chão,
Buscava inda a corrente por dizer-lhe
Que não a deixasse, não.

A corrente impiedosa a flor enleia,
Leva-a do seu torrão;
A afundar-se dizia a pobrezinha:
"Não me deixaste, não!"
Gonçalves Dias.

Wednesday, February 20, 2013

Carpe diem?


Carpe diem! Carpe diem. Carpe diem? Como? Como posso viver “hoje” como se não houvesse o “amanhã”? Tenho chances o suficiente de “amanhã” existir para mim para que eu o ignore completamente. Não posso e simplesmente não consigo tal proeza. 
Posso viver cada minuto em sua total essência como se fosse de necessidade vital para mim. Consigo minimizar meus problemas a simples vírgulas em meu caminho, nunca os dando a oportunidade de tornarem-se pontos finais. Consequentemente, não perco mais que o mínimo possível de tempo com brigas, discussões ou dificuldades. Acabo ficando mais saudável com isto, até.
Em minha concepção, carpe diem é apenas a capacidade humana de sorrir para a vida em si. Com ou sem problemas, com motivos ou sem motivos aparentes para o restante do mundo.
É pensar no futuro, sim. Esperando que ele seja melhor que o instante passado e, caso tenha a possibilidade de ser pior, lutar para mudá-lo. Esforçar-se para que apenas a prosperidade surja no horizonte.
É nunca se deixar abater ou deprimir. Sempre é tempo de consertar algum erro, por maior que este seja. É nunca desistir de ser feliz. Todos somos iguais. Então, se um tem a capacidade de ser feliz, não vejo razão para que todos não consigam ser, também.
Portanto, dê “Bom-dia!” para as pessoas, sorria, seja agradável e sincero, troque de assunto quando a conversa margear uma eventual discussão e cultive os sentimentos ao seu redor...
Em suma, carpe diem!


Escrito em 11 de abril de 2011, 
como treino para um tal vestibular  
e com certas alterações. 

Saturday, February 16, 2013

Uma dança...

A moça sorriu ao avistá-lo no meio da pequena multidão que se juntara ao redor da banda e das várias pessoas que dançavam ao som da música batida. Alguns haviam retirado os calçados para "sentir melhor a melodia", segundo eles próprios.
Ela não costumava dançar na frente de estranhos. Na verdade, ela não costumava dançar na frente de pessoa alguma, mas faria uma exceção para aquele moço. Suspirou, estava nervosa apenas de pensar que todas aquelas pessoas a veriam, a assistiriam. Ele, principalmente. Estalou a língua, frustrada. Soltou uma ou duas maldições sussurradas, para que ninguém as escutasse, e deu um passo hesitante em direção ao centro da roda. Sorriu mais uma vez de sua própria covardia e resolveu soltar os longos cabelos negros, mais para ganhar tempo que por vontade. Fechou os olhos por um instante, sentindo o calor do sol, já se pondo, em suas maçãs do rosto e a carícia de seus cabelos em seus braços. 
Poderia estar louca, mas não dançaria para alguém. Nem mesmo para o seu moço. Dançaria para ela. Sim, aquela dança seria um símbolo, um marco. Não deixaria que sua covardia a comandasse novamente. Jamais. Sendo assim, juntou um pedaço de sua saia rodada em cada punho, sorriu decidida e adentrou na confusão de pessoas dançando sem um parceiro realmente determinado. 
O chão, molhado pela chuva diária da região, abafava os passos ritmados das pessoas. Risos se escutavam e a platéia improvisada começou a bater palma para os dançarinos amadores. 
Nossa morena chamou tanta atenção como as outras moças que ali se encontravam. Dançou com tanto gosto como qualquer outro. Rodou sua saia com tanta maestria quanto as outras. Sorriu tão belamente como nenhuma outra.
O moço, para quem a dança foi primeiramente endereçada, acabou por notá-la como a mais bela daquela roda de dança. A morena, entretanto, estava mais ocupada desfrutando de sua liberdade que nem percebeu a atenção antes tão desejada.


Wednesday, February 13, 2013

Um sonho de Pierrot e um beijo de Arlequim.

Quem nunca escutou falar quanto ao triângulo amoroso de Pierrot, Colombina e Arlequim? Ah, todos. 
O trio nasceu do estilo teatral Commedia dell'Arte, nascido na Itália do século XVI.
Comecemos a falar com o Arlequim, que é debochado, espertalhão e malandro que sempre tenta vender a imagem de inocente e ingênuo. Faz travessuras com todos e sempre consegue escapar ileso das confusões criadas. No Brasil, o folclore diz que Arlequim anda pelas ruas na época do carnaval a procura de sua Colombina. Sempre vestido com roupas coloridas e com formas de losangos.
Do outro lado do triângulo amoroso, temos o tristonho Pierrot. Seu nome original é Pedrolino, batizado de Pierrot na França, que em uma tradução livre significa "pardal" ou "pardalzinho", e assim é conhecido ao redor do mundo. Pierrot era o mais pobre, suas roupas eram feitas de saco de farinha, não usava máscara e tinha o rosto pintado de branco. Sua personalidade era pacífica, ingênua e muitas vezes era chamado de bobo. É conhecido pelos seus lamentos quanto ao amor de Colombina.
Analisemos a Calombina, então. Seu nome vem do italiano, como se é implícito, onde colombina significa nada menos que "pombinha". Nossa querida moça é uma criada tão fina quanto sua ama, conhecida por sua beleza, inteligência, ironia, humor rápido e voz. Sim, Colombina cantava e dançava alegremente para encantar os espectadores. Fica, a princípio, confusa quanto a quem devotar seu amor: Arlequim ou Pierrot? 

"Ouvi, atentos, pois meu amor se compõe do amor de todos dois. (...) Pudesse eu repartir-me e encontrar minha calma dando a Arlequim meu corpo e a Pierrot, a minh’alma!"

Ao final, acaba por escolher o Arlequim.
A questão que sempre fica rondando a mente de quem lê sobre este trio é com quem Colombina deveria ter ficado. Acaso fez ela a escolha certa ao ignorar o amor do pobre Pierrot? Ou era o Arlequim quem merecia sua escolha, de fato? 



Wednesday, February 06, 2013

Há dias...

Há dias em que me dou conta o quão insignificante sou no meio da multidão. 
Há dias em que percebo o quão só estou, mesmo que inserida em meio de tantas pessoas.
Há dias em que penso o que, afinal, estou fazendo aqui.
Há dias em que sei que faço diferença na multidão.
Há dias em que noto que não estou realmente sozinha.
Há dias em que vejo que não importa, realmente, o sentido da vida.
Há dias em que lembro do pessimismo passado e me pergunto como sou capaz de construir dias assim.
Há dias em que escolho apenas não pensar, tendo em vista que entro em contradição comigo mesma.

Friday, February 01, 2013

Sim, leitor, sim.

Sim, leitor, dói. Por vezes me esqueço de minha decisão tomada e tento retirá-la de mim, mas, então, lembro que não posso. Paguei caro por ela e nela continuarei meus dias. Quando quieta, a dor vai embora. Parece que prefere importunar outro alguém. Mexo-me e ela volta para mim, me lembrando, me torturando. 
Comer já não tem graça, beber já não é a mesma coisa e inclusive escovar os dentes me lembra de minha escolha. 
Sim, querido, sim. Ficarei com esta dor e mesmo assim sorrirei. Pouco me importa se me olharão de modo estranho, caçoarão de mim ou mais ainda me machucarei.
Será pouco tempo, assim espero, até retirar este maldito aparelho dentário.

Tuesday, January 29, 2013

Compreender a marcha.

Hoje, carrego um sorriso no rosto por preferi-lo a chorar. Chorando, perdes teu tempo. Sorrindo, o aproveitas. Não é uma questão de estar triste e sorrir mesmo assim. É para sorrir por fora e conquistar a alegria de dentro. Por conta deste sorriso, das gargalhadas que me permito, sinto-me mais forte. Mais feliz, quem sabe. 
Começando a sorrir para mim mesma, notei que as pessoas ao meu redor também sorriem. Sentem-se mais leves, mais a vontade.
O leitor, então, se questiona quanto aos problemas. Pois, problemas, há muitos. Sorrisos, há poucos.
Penso que não há razão de ter pressa, leitor. Não entenda como o cliché "O que é meu, está guardado", até porque acredito que não esteja. Não há razão, entretanto, de ser afoito. Querer "abraçar o mundo com as pernas". - Perdoe-me os ditados, mas creio que estes englobam os conceitos certos que quero que compreendas.
Talvez eu tenha esse pensamento por já ter passado por "poucas e boas". Não "comi o pão que o diabo amaçou", mas "nem tudo foram flores". 
"Penso que cumprir a vida seja simplesmente compreender a marcha, ir tocando em frente."
Faço minhas as palavras de Almir Sater na música "Tocando Em Frente".

Thursday, January 17, 2013

Sou a favor.


Eu, leitor, sou a favor do bom humor. O meu dia não deve ser permanentemente "estragado" apenas porque assim está o teu. Isto se chama egoísmo, leitor. 
Mal humor, por algum motivo que está além de meu simples entendimento, é altamente contagioso. Em alguns casos, pode se atrelar à indignação quando a pessoa percebe que ficou irritada logo pela manhã, por exemplo. 
Bom humor, leitor, também pode ser contagioso. Não tenho certeza caso já notaste, mas a pessoa bem humorada geralmente interpreta o papel de bem educado. Pois bem, utilize toda a educação que sua mãe um dia tentou te ensinar, leitor. Sorria. Sim, sim! Sorria. Sorrir, leitor, mesmo na desgraça, é o melhor remédio. Não há nada mais efetivo que tratar um irritado com bom humor. Difícil, concordo. Não deixa de ser um bom "ataque", entretanto. 
É isso, leitor. Eu sou a favor do bom humor.