Monday, November 11, 2013

Tempo, tempo, tempo...

E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não serei nem terás sido
Tempo tempo tempo tempo...*


Temos esta impressão incrustada em nossa mente que teremos tempo para fazer tudo que quisermos e planejarmos ao longo de nossas vidas. Será isto verdade? Quantas vezes já não escutei, vindo de pessoas mais velhas e velhas também, que não fizeram nada do que queriam? Que não tiveram tempo de fazer tudo que sonharam em suas juventudes? Quantas vezes nós, os mais jovens, não deixamos escapar pelos nossos lábio que o tempo está passando rápido? Este ano mesmo, já acabou praticamente. Estamos em novembro de 2013.
O que fizeste de proveitoso este ano? O que terá uma consequência a longo prazo?
A sensação que tenho é que o tempo passa invisível por entre meus dedos. Sou jovem, concordo, mas isso não significa que eu sou incapaz de perceber esta passagem impalpável diante meus olhos. Lembro que eu ansiava alcançar os 15 anos de idade. Neste momento, não consigo recordar claramente os anos que se passaram desde então. Só posso imaginar que este “branco” na memória apenas aumenta com o acumular de rugas.
Creio que tenhamos a maioria da percentagem de culpa por isto acontecer com todos e com frequência cada vez maior. Planejamos demais, esperamos demais, olhamos para o futuro ao invés de aproveitar o presente – por mais cliché e desgastado que isso soe, não deixa de ser verdade.
Talvez eu faça uma promessa de ano novo quanto a isso. Viver mais o presente e deixar de planejar tanto assim o futuro. Aproveitar o agora, o tempo presente que está aqui nesse instante. Fazer o que quero fazer hoje e não amanhã. Talvez dessa vez eu cumpra minha promessa de ano novo. Talvez.

*Oração ao Tempo de Caetano Veloso.