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Friday, May 08, 2015

Aaah, o amor



Aah, o Amor. É ele que te presenteia com os melhores momentos de tua vida. Ele te permite sorrir sem razão alguma enquanto lavas as louças sujas, ou quando estás na parada do ônibus esperando por uma determinada linha que demora mais que a vida para passar por aquele ponto, ou quando estás andando na rua na chuva e um carro passa por uma poça muito perto de ti. Nada pode te deixar para baixo porque tu simplesmente estás amando. Tudo é lindo e perfeito. Mesmos os momentos tristes... Tu não consegues ficar menos que feliz pois a vida é bela! Os pombos comem pipoca em filmes clichés e a fila do banco está pequena quando tu entras para pagar a conta de luz! Tu estás amando, leitor!
Ooh, mas é o Amor também que te coloca no fundo do poço. É como se fosse um tipo de lembrete que tu não estás vivendo um filme da Disney depois do casamento entre o príncipe e a princesa. Ele também pode ser o vilão da história quando quer. E, francamente, o Amor vai ser vilão durante dois terços de sua vida útil, leitor. É nesses momentos que tens que lembrar da felicidade que ele pode lhe proporcionar, caso contrário ele simplesmente acaba. Mas, então, se acabar, ele não era verdadeiro ou profundo o suficiente, não é mesmo? Melhor ficar sem ele no fim das contas. É nesses momentos, leitor, que as hipóteses estúpidas vêm povoar tua mente. Não ligues para elas! Na realidade, elas só estão com inveja por não poderem rir à toa como, provavelmente, vais fazer daqui a uns cinco minutos.

Tuesday, January 13, 2015

Cabeça no futuro e juventude no passado

Pensando bem, sempre vivi no futuro. “Quando eu tiver tal idade...”; “Quando eu terminar a faculdade...”; “Quando eu conseguir um emprego...”; “Quando eu emagrecer...”. Poder sair dirigindo meu próprio carro, mas só depois dos 18 anos e quando eu tiver meu próprio emprego. Bem, eu já tenho 20 anos, trabalho, faço faculdade e não tenho carteira de motorista. Muito menos um carro próprio. Talvez o fato de eu ganhar uma merreca contribua com esse quadro, mas esse não é o ponto dessa postagem.
O ponto? O ponto é que eu estou enfrentando a crise dos 20 anos. Pelo que eu já ouvi, muitas pessoas passam por ela e, geralmente, é por motivos diversos. Tecnicamente, 20 anos é a idade que uma pessoa tem de começar a trabalhar por um futuro profissional bem sucedido e uma vida amorosa completa e satisfatória.
Mas alguém com 20 anos é tão novo... Ao mesmo tempo já é tão tarde. Tarde para aprender a fazer uma coisa nova, pois não dá mais tempo de virar um profissional nisso. Deveria ter começado a estudar flauta com 14 anos, mas com 14 anos eu estava preocupada em ter 15 anos. E, quando os 15 anos finalmente chegaram, eu estava preocupada demais procurando quem eram as namoradas dos integrantes da minha banda favorita na época. Com 15 anos eu planejava ser casada com 21, mãe com 26 e extremamente boa na minha profissão e altamente renomada com 30. Hoje, eu vejo que eu era bem bobinha com 15. Se eu tivesse sido inteligente, teria estudado a flauta e estava agora em alguma sinfonia estrangeira. Ou não. Nunca vou saber.
Agora, com 20 anos, eu planejo o que fazer quando terminar minha graduação. Acabei de notar que não fiz nada do que se supõe que se deva fazer enquanto dentro de uma universidade. Eu estudei, passei pelas matérias com ótimas notas e só. Nada daquelas loucuras das quais os amigos contam tão orgulhosamente. Com 20 anos, eu estou aqui de novo planejando um futuro que não sei onde vai ser e nem com quem vou dividi-lo. Ou sequer se vou dividi-lo com alguém. Ser solteirona ainda é uma opção.

Me preocupa não saber se estou jogando minha juventude fora ou não. Me preocupa pensar em chegar aos 60 anos, olhar para trás e não ver nada de produtivo feito por mim. Mas, então, isso também é pensar no futuro, não?

Monday, September 29, 2014

Omissão


Pelo bem da "amizade" e um vida social saudável, muitas vezes temos de omitir ou mesmo mentir sobre nossa opinião uma vez ou outra.
Há quem diga que não se deve se intrometer na vida do outro por mais que esse outro seja muito próximo. O problema que é mais fácil falar como conselho a agir como exemplo.
Esses dois meses eu aprendi que a melhor coisa é fingir-se de desentendido. Por dentro tu estás morrendo para abrir a boca, tapear a cara da pessoa com palavras e dizer tudo que está "entalado" na garganta. Mas, de novo, pelo bem da convivência, não o fazemos.
A solução é sentar e esperar a pessoa se tocar do próprio erro e estar aqui de braços abertos para reconfortá-la. Ou não.

Friday, August 22, 2014

Viver por dois segundos de céu.

Aquela sensação poderosa que te envolve por inteiro que, por uma vez em muito muito tempo, as coisas parecem caminhar de forma harmoniosa. Tens a sensação maravilhosa de que tudo está e vai continuar dando certo. Porque parece que o sol sorriu para ti e um caminho longo e claro está se desenrolando na tua frente. Tomas teu café com pão como se fosse o café da manhã de um rei/rainha. Pois que é assim que te sentes. Impávido. Pronto para o dia perfeito que tua mente te projeta à tua frente. Crês que podes, inclusive, encontrar um cheque de 50 mil reais, mas como estás tendo um ótimo dia, vais retribuir sendo honesto e devolverás o cheque ao dono do bolso de que viu cair.
Então, leitor, por pura chacota e diversão, o destino lhe dá um leve tabefe na face de modo que acordes de teu estupor momentâneo. É quando tua fé na vida é abalada novamente. Nada parece dar certo. Não, não é que pareça. Nada dá certo. Ponto. A sensação anterior é como os dois segundos em que notas a magnitude da paisagem antes de te dares conta que estás caindo em um abismo. São os dois segundos que apenas fazem te aumentar a agonia durante a queda, pois queres aqueles preciosos segundos novamente. Vives por eles!


Dizem que o que é difícil é o que vale a pena na vida. Mentira. É difícil porque alguém ou algo te atrapalhou no meio do caminho. Simples assim.

Thursday, August 21, 2014

Feliz e triste.

Talvez não sejas tão profundo quanto pensas que és, leitor. Tens problemas, eu tenho problemas, todos nós temos problemas. Principalmente em uma sociedade em que o direito à cidadania e a crença em um poder maior que possa reger nosso país de forma digna, honesta e justa cada vez mais rara. Estresse. Quem não é estressado nos dias de hoje, leitor? Li uma reportagem em algum lugar que inclusive animais de estimação podem ficar estressados se expostos a determinadas atividades.
O ponto é que, ao que parece, a sociedade espera que tu tenhas um péssimo dia, que não sorrias, que não brinques, que não contes piada, que não sejas feliz só por causa da montanha de problemas que enfrentas. Não concordas comigo que aos teus problemas cuida tu? Um dia terás que resolvê-los. E resolverás, pois que não se tem como fugir destas coisas e nem ao menos é digno que te faças de mal entendido quanto ao assunto.

Ao que parece, leitor, não se pode ser feliz e triste ao mesmo tempo. 


Monday, July 14, 2014

Sou a página em branco, leitor.

Dessa vez, leitor, não quero lápis nem papel. Abro o Word e encaro a página em branco que se projeta a minha frente. Estou triste, leitor. Não, minto, sou triste, leitor. Tristeza tamanha que chego a me identificar com a página em branco. Afinal, o que eu sou? Nada. Sou uma atriz, é isso que sou. Sou extrema e completamente triste por dentro a ponto de sentir meu peito pesar e ansiar por lágrimas que não podem cair na frente de outrem. Não, não posso chorar na frente de ninguém, pois então este saberá quem sou. Não. Sorrio, brinco, gracejo, formo uma personalidade que por vezes chego a acreditar que é a minha. Então eu apago a luz do meu quarto no momento que escolho para dormir e eu sinto quem sou eu.
Eu sou só.
Voltando à página em branco, leitor, começo a formata-la e, mais uma vez, me sinto uma página em branco sendo moldada pelo que a sociedade espera de mim. Boa parte desta formatação é culpa minha e eu sei. Sou orgulhosa o suficiente para não querer que ninguém saiba como sou, como me sinto. Minhas fraquezas são minhas e de mais ninguém.

E por causa disso tudo e mais outras coisas, leitor, sou extremamente só.



Saturday, May 03, 2014

Qual é o ponto, leitor?

   Qual é o ponto, leitor, de ser educado(a), prezar os bons costumes, valores e respeitar tudo e a todos se na primeira oportunidade o próximo, aquela pessoa que trataste tão bem não há muito tempo, passa a perna em você, lhe ofende e até pisoteia se tiver a chance? 
Qual é o ponto, leitor, de esforçar-se por manter uma boa relação com todos ao seu redor se na primeira chance todos eles lhe ditam nomes e adjetivos um tanto pejorativos? Causando intriga, fofoca e as vezes até rompimento de interação total.
Qual é o ponto, leitor, de o papel dizer que estás vivendo em uma sociedade quando, na prática, as pessoas não se importam umas com as outras? Não pensam caso aquele fato ou atitude atrapalhará ou prejudicará, de alguma maneira, alguém?
Qual é o ponto, leitor?
O ponto é cansar-se. Desistir. Tornar-se surdo, cego e mudo. 
É esse o ponto, leitor. Só pode.




Sunday, March 30, 2014

Passado o primeiro passo



   Sair do primeiro emprego talvez seja a decisão mais difícil em uma vida profissional. Afinal, foi aquela pessoa que lhe deu a primeira oportunidade. Eras uma página em branco esperando para ser escrita, de acordo com tua visão. Eras um inexperiente esperando para mostrar sua incompetência, para o empregador.
   Então, veio-lhe a oportunidade. Talvez estivesses ali apenas para cobrir um buraco na staff da empresa ou, e neste caso teu pedido de demissão foi mais sofrível de sair de tua própria boca, teu chefe acreditara no teu potencial. Vira a tua capacidade.
   No meu caso leitor, fora a segunda. Apesar de, muitas vezes, acreditar que acontecera a primeira. Mas, conforme os dias passam, ficas mais maduro e mais responsável por teu caminho. Chega o dia em que tens de decidir ou ficas por gratidão ou vais procurar novos caminhos para sere trilhados.
   Por um lado, minha consciência está tranquila. Por outro, despedaçada. 
  Por orgulho, não olharei para trás. Continuarei com os ensinamentos que posso aproveitar em outras empresas e continuarei a trilhar minha carreira profissional em outros ares. Hei de conseguir uma vaga onde preencha por credibilidade própria e não por sorte, pela pessoa encarregada querer apostar em mim às cegas. 
   Há de chegar o dia em que escolherei a vaga que mais me apetece.


Wednesday, January 29, 2014

Sintomas de ansiedade



É sempre assim.
Primeiro o sorriso estampado no rosto em momentos solitários quando a lembrança do que está por vir vem à superfície da mente. O segundo sintoma é o suspiro solto por dentre os lábios ao constatar que ainda falta tempo para aquilo acontecer - não importando se for anos ou apenas mais alguns minutos. Logo, a mordiscada nervosa no lábio inferior em uma tentativa de não retornar ao primeiro sintoma já listado. Dependendo da conduta, realística ou sentimental, da pessoa, o próximo varia entre uma repetição dos sintomas ou uma reprimenda interna por ser tão boba. 
Finalmente, leitor, fecha os olhos e escuta o batimento errático do nosso bom e velho coração. Conforme aquele som enche os ouvidos e toma conta de todos os pensamentos, você consegue se acalmar e percebe a ritmicidade voltar ao normal. E você dorme. E sonha. Sonha que aquilo que tanto deseja finalmente, finalmente, leitor, chegou o momento de acontecer e, enquanto repousa inofensivamente, sorri por pura felicidade.
Isso é ansiedade, leitor. E o único remédio conhecido, natural, é claro, é alcançar o objeto de seu desejo.
Ou o alguém.

Thursday, January 02, 2014

Meu foco mudou de musa, leitor.

Abro o caderno, a página está em branco e cheia de possibilidades. Vários assuntos pipocam em minha cabeça. Alguns sendo polêmicos e o restante nem tanto. Opiniões divergentes mesmo sendo todas minhas. Poucas conclusões, mas nenhuma palavra escrita. Só a sensação de segurar o lápis, posicionar a borracha em algum lugar próximo e apoiar o caderno no ângulo correto já traz certa satisfação. Há quanto tempo não produzo algo próprio com minhas palavras? Oh, faz tempo. Tanto já aconteceu. Tanto já senti. E em menos de um ano.
A bem da verdade, eu, de certa forma, mudei. Releio meus parágrafos que um dia escrevi e vejo o quão racional eu era. Enxergava o mundo de forma simples e direta. Não havia nada por debaixo dos panos. Hoje, eu sinto como se possuísse um segredo só meu. Não só meu, eu o divido com uma pessoa e uma pessoa apenas.
Quanto ao papel em branco, vejo ele se encher de devaneios sem ligações entre si. Eu só sinto vontade de escrever sobre sentimentos. Oh, leitor, eu estou enfrentando uma crise de identidade interna, um furacão que apenas eu consigo ver. Meu foco trocou de musa, leitor. E não me sinto culpada por isso. Nem um pouco. 



Monday, November 11, 2013

Tempo, tempo, tempo...

E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não serei nem terás sido
Tempo tempo tempo tempo...*


Temos esta impressão incrustada em nossa mente que teremos tempo para fazer tudo que quisermos e planejarmos ao longo de nossas vidas. Será isto verdade? Quantas vezes já não escutei, vindo de pessoas mais velhas e velhas também, que não fizeram nada do que queriam? Que não tiveram tempo de fazer tudo que sonharam em suas juventudes? Quantas vezes nós, os mais jovens, não deixamos escapar pelos nossos lábio que o tempo está passando rápido? Este ano mesmo, já acabou praticamente. Estamos em novembro de 2013.
O que fizeste de proveitoso este ano? O que terá uma consequência a longo prazo?
A sensação que tenho é que o tempo passa invisível por entre meus dedos. Sou jovem, concordo, mas isso não significa que eu sou incapaz de perceber esta passagem impalpável diante meus olhos. Lembro que eu ansiava alcançar os 15 anos de idade. Neste momento, não consigo recordar claramente os anos que se passaram desde então. Só posso imaginar que este “branco” na memória apenas aumenta com o acumular de rugas.
Creio que tenhamos a maioria da percentagem de culpa por isto acontecer com todos e com frequência cada vez maior. Planejamos demais, esperamos demais, olhamos para o futuro ao invés de aproveitar o presente – por mais cliché e desgastado que isso soe, não deixa de ser verdade.
Talvez eu faça uma promessa de ano novo quanto a isso. Viver mais o presente e deixar de planejar tanto assim o futuro. Aproveitar o agora, o tempo presente que está aqui nesse instante. Fazer o que quero fazer hoje e não amanhã. Talvez dessa vez eu cumpra minha promessa de ano novo. Talvez.

*Oração ao Tempo de Caetano Veloso.


Saturday, October 12, 2013

Não confunda.

Não confunda eu aceitar as ações das pessoas com conformismo. Não confunda evitar confrontos desnecessários com covardia. Não confunda pacificidade com falta de personalidade. Não confunda ter personalidade com falta de educação. Não confunda idade com maturidade. Não confunda liberdade com falta de regras. Não confunda espera com falta de vontade. Não confunda amor com eternidade. Não confunda silêncio com falta de sentimentos. Não confunda abstenção com falta de desejos, com falta de sonhos. Não me compare com outra. Não me confunda com outra. Só não confunda.