Há uma
satisfação incrível e totalmente solitária em ter um papel pautado em branco e
novo em mãos. As possibilidades que ele carrega são infinitas; Os caminhos que
podes tomar para preenchê-lo são infinitos; Os modos que podes usá-lo são
infinitos; As ideias que surgem em tua cabeça são infinitas.
Montas
personagens, histórias, cenários e situações diversas. Inícios, meios e fins
rodeados de significados que vêm à tona de acordo com seu leitor. Imaginas
tragédias, romances, comédias, poemas, prosas, dramas, peças... A vontade
aflora dentro de ti e acabas por sorrir para a folha de papel.
Pegas, então,
teu lápis. – Pois que uso lápis e não lapiseira por uma simples
questão de gosto. Penso que o lápis combina mais com a sensação de transformar
palavras em uma história. Com licença.
Bem, de lápis
na mão, papel posicionado no ângulo correto e empolgação espalhada por todo o
corpo, te preparas para começar a escrever.
Paras, então,
por um instante. Percebes que já deste um fim para aquela história. Como podes
escrever, agora, se já sabes como termina? Perdeste aquele sentimento impagável
de novidade. Se escreveres agora, não vais mais conseguir passar a mesma emoção
que querias.
Suspiras.
Sorris.
Toda a
mensagem que querias passar já viveu seu momento de glória dentro de ti. É o
suficiente.
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