Saturday, March 09, 2013

Papel em branco.

Há uma satisfação incrível e totalmente solitária em ter um papel pautado em branco e novo em mãos. As possibilidades que ele carrega são infinitas; Os caminhos que podes tomar para preenchê-lo são infinitos; Os modos que podes usá-lo são infinitos; As ideias que surgem em tua cabeça são infinitas.
Montas personagens, histórias, cenários e situações diversas. Inícios, meios e fins rodeados de significados que vêm à tona de acordo com seu leitor. Imaginas tragédias, romances, comédias, poemas, prosas, dramas, peças... A vontade aflora dentro de ti e acabas por sorrir para a folha de papel.
Pegas, então, teu lápis. – Pois que uso lápis e não lapiseira por uma simples questão de gosto. Penso que o lápis combina mais com a sensação de transformar palavras em uma história. Com licença.
Bem, de lápis na mão, papel posicionado no ângulo correto e empolgação espalhada por todo o corpo, te preparas para começar a escrever.
Paras, então, por um instante. Percebes que já deste um fim para aquela história. Como podes escrever, agora, se já sabes como termina? Perdeste aquele sentimento impagável de novidade. Se escreveres agora, não vais mais conseguir passar a mesma emoção que querias.
Suspiras.
Sorris.
Toda a mensagem que querias passar já viveu seu momento de glória dentro de ti. É o suficiente.

Balanças a cabeça e abandonas teu papel. Ainda em branco.


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