*Por conta do livro ainda não ter edição em português, usarei os nomes presentes na publicação de língua inglesa e, no caso de dois nomes apenas, colocarei uma tradução livre no final da resenha.
Quatro coisas eu já sabia sobre este livro: Será adaptado pela Warner
para as telas de cinema; Emma Watson será a personagem principal; a autora
pretende que este seja o primeiro livro de uma trilogia; e o livro será lançado
no Brasil em abril de 2015.
A primeira coisa que me vem a mente quando penso sobre a história é que
houve momentos que fiquei um tanto confusa sobre o “quando” e “onde” a história
se passa. Pelo que entendi é em algum lugar na Europa em um futuro muito
distante. A sociedade regrediu para uma realidade medieval com cavalos,
espadas, cavaleiros, escravidão e machismo. Não há tecnologia e livros são
extremamente raros. A igreja está presente como uma super potência. Não entendi
como a humanidade poderia cair deste jeito na era das trevas novamente, mas foi
o que a autora quis.
A narração é feita em terceira pessoa e por vezes muda de contexto, não
se fixando sempre na personagem principal, Kelsea. A história começa no dia do
décimo nono aniversário de Kelsea, o dia em que alcança a idade para poder ser
coroada rainha de Tearling. A garota cresceu reclusa e cercada apenas por duas
pessoas, Barty e Carlin Glynn, que a criaram e ensinaram tudo o que sabe.
Kelsea foi entregue nas mãos de ambos pouco antes que sua mãe biológica
morresse. É um grande mistério o que aconteceu no passado para ter essa
urgência de esconder um bebê onde ninguém pudesse achar. Também é um mistério
quem é o pai de Kelsea.
Uma coisa enervante na história é essa falta de informações que por
vezes achei forçado, como empurrar com a barriga para poder haver um segundo e
um terceiro livro.
Kelsea chega ao Keep de forma conturbada e já causando uma boa impressão
no povo. Todos querem matá-la a qualquer custo pois uma menina de dezenove anos
é bastante perigosa. É coroada em meio a um atentado a sua vida. Expulsa o tio.
Manda e desmanda. Gosta e desgosta. É respeitada ao mesmo tempo que não é.
Aparece magia no cordão que usou a vida toda. Começa a ver o futuro. Uma
confusão. Um tanto cliché. Mas legal.
Há uma ponta de romance na história, se é que se pode chamar assim o
encantamento que Kelsea tem pelo ladrão mais procurado de Tearling, o Fetch*¹.
Outra figura altamente misteriosa que, por alguma razão, decidiu confiar em
Kelsea a sua identidade, que ninguém mais sabe pois sempre está de máscara
quando aparece publicamente.
Oh, e ainda temos a vilã da história, a Red Queen*². A partir da segunda
metade do livro é mostrado ao leitor que ela tem, sim, um pacto com algum ser
das trevas que não é diretamente nomeado. Não entendi, porém, sua meta de vida.
Parece temer as safiras de Kelsea, mas tem poder suficiente para invadir
Tearling. Talvez no segundo livro haja mais informação sobre ela.
*¹ A possível tradução do título: A Rainha de Tearling.
*² Fetch pode ter duas traduções. 1: Sabe aquela brincadeira que você
joga a bola pro cachorro pegar e devolver para você? Pois é. 2: Foi a gíria que
tentaram inventar no filme Meninas Malvadas (2004) indicando algo legal,
bacana, demais, irado, bom demais da conta.
*³ Red Queen... Rainha Vermelha. O nome verdadeiro dela é outro mistério
no livro. É. E ela tem mais de cem anos também. Ugh.
Nota 7 de 10.
Sinopse:
Kelsea Glynn é a única herdeira do trono de Tearling mas foi criada em
segredo por pais adotivos depois que sua mãe - Rainha Elyssa, tão vaidosa
quanto estúpida - foi assassinada por arruinar seu reino. Por 18 anos, Tearling
tem sido reinado pelo tio de Kelsea como Regente, porém, ele é uma marionete da
Red Queen, a feiticeira-tirana do reino vizinho de Mortmesme. No aniversário de
18 anos de Kelsea, os esfarrapados restos da guarda de sua mãe - prometidos a
defender a rainha à morte - chegam para levar esta não-real jovem para fora de
seu esconderijo... E então começa sua jornada de volta para o coração de seu
reino, para reivindicar o trono, ganhar a lealdade de seu povo, derrubar o
legado de sua mãe e redimir Tearling das forças da corrupção e da magia negra
que ameaçam destruí-lo. Mas a história de Kelsea não é apenas sobre o
aprendizado da verdadeira natureza de sua herança - é sobre uma heroína que
deve aprender a reconhecer e viver com as realidades da idade com todas suas
inseguranças e atrações, juntamente com dilemas éticos de governar justa e
honestamente enquanto simplesmente tenta permanecer viva...
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